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Darwinismo Social e Racismo Científico

Queridos alunos, muita saudade de vocês. Estou fazendo as postagens dos temas desenvolvidos no bimestre. Trata-se das teorias raciais do século XIX, que legitimavam o domínio das nações europeias industrializadas em regiões do mundo (Ásia, Oceania e África). Veremos em especial o chadao "Darwinismo Social" e proponho um trabalho de reflexão sobre o tema logo a diante.

Leiam os textos, pesquisem livremente na internet esse tema, assistam o filme proposto e posteriormente realizem uma atividade (orientações abaixo de como fazer).


Se cuidem e aproveitem o tempo para estudarem. Invistam em suas formações nesse momento. Logo estaremos juntos novamente.


Bons Estudos e Avanti ;)

Prof° Ricardo Brasileiro


 

Darwinismo social



O século XIX foi marcado pelo desenvolvimento do conhecimento científico. A busca por novas tecnologias, alavancada pela Revolução Industrial, fez com que os estudiosos se multiplicassem nas mais variadas áreas do conhecimento. Nessa época, várias academias e associações voltadas para o “progresso da ciência” reconheciam a figura dos cientistas e colocavam os mesmos como importantes agentes de transformação social.

No ano de 1859, um estudioso chamado Charles Darwin transformou uma longa caminhada de viagens, anotações e análises no livro “A origem das espécies”. Nas páginas daquela obra revolucionária nascia a teoria evolutiva, o mais novo progresso galgado pela ciência da época. Negando as justificativas religiosas vigentes, Darwin apontou que a constituição dos seres vivos é fruto de um longo e ininterrupto processo de transformação e adaptação ao ambiente. Polêmicas à parte, Darwin expôs que as espécies se transformavam a partir de uma seleção em que características mais adaptadas a um ambiente se tornavam predominantes. Com isso, os organismos que melhor se adaptavam a um meio poderiam sobreviver através do repasse de tais mudanças aos seus descendentes. Em contrapartida, os seres vivos que não apresentavam as mesmas capacidades acabavam fadados à extinção. Com o passar do tempo, observamos que as noções trabalhadas por Darwin acabaram não se restringindo ao campo das ciências biológicas. Pensadores sociais começaram a transferir os conceitos de evolução e adaptação para a compreensão das civilizações e demais práticas sociais. A partir de então o chamado “darwinismo social” nasceu desenvolvendo a ideia de que algumas sociedades e civilizações eram dotadas de valores que as colocavam em condição superior às demais. Na prática, essa afirmativa acaba sugerindo que a cultura e a tecnologia dos europeus eram provas vivas de que seus integrantes ocupavam o topo da civilização e da evolução humana. Em contrapartida, povos de outras regiões (como África e Ásia) não compartilhavam das mesmas capacidades e, por tal razão, estariam em uma situação inferior ou mais próxima das sociedades primitivas. A divulgação dessas teorias serviu como base de sustentação para que as grandes potências capitalistas promovessem o neocolonialismo no espaço afro-asiático. Em suma, a ocupação desses lugares era colocada como uma benfeitoria, uma oportunidade de tirar aquelas sociedades de seu estado “primitivo”. Por outro, observamos que o darwinismo social acabou inspirando os movimentos nacionalistas, que elaboravam toda uma justificativa capaz de conferir a superioridade de um povo ou nação. De fato, o darwinismo social criou métodos de compreensão da cultura impregnados de equívocos e preconceitos. Na verdade, ao falar de evolução, Darwin não trabalhava com uma teoria vinculada ao choque binário entre superioridade e inferioridade. Sendo uma experiência dinâmica, a evolução darwiniana acreditava que as características que determinavam a “superioridade” de uma espécie poderiam não ter serventia alguma em outros ambientes prováveis. Com isso, podemos concluir que as sociedades africanas e asiáticas nunca precisaram necessariamente dos valores e invenções oferecidas pelo mundo ocidental. Isso, claro, não significa dizer que o contato entre essas culturas fora desastroso ou marcado apenas por desdobramentos negativos. Entretanto, as imposições da Europa “superior” a esses povos “inferiores” acabaram trilhando uma série de graves problemas de ordem, política, social e econômica. Por Rainer Sousa Graduado em História Equipe Brasil Escola

 

Sugestão de Filme:

Em 1978, Ron Stallworth, um policial negro do Colorado, consegue se infiltrar na Ku Klux Klan local. Ele se comunica com os outros membros do grupo por meio de telefonemas e cartas, e quando precisava estar fisicamente presente, ele envia um outro policial branco em seu lugar. Depois de meses de investigação, Ron fica próximo do líder da seita, sendo responsável por sabotar uma série de linchamentos e outros crimes de ódio orquestrados pelos racistas.


Data de lançamento: 22 de novembro de 2018 (Brasil)


Trailer:

 

ORIENTAÇÕES/ATIVIDADES:

01 - Pesquisem o tema, assistam os vídeos;

02 - Leia com atenção as questões abaixo, copie o NÚMERO da questão no seu caderno de geografia e responda qual a alternativa correta;

03 - Tire uma foto da atividade pronta e envie nesse e-mail: brasa76@gmail.com

04 - Coloque no título do e-mail SEU NOME COMPLETO, NÚMERO DA CHAMADA E SÉRIE;

Atenção: Você também pode copiar as questões e colar num documento de word. Destacar as alternativas corretas e enviar o arquivo do word por e-mail. Mas não esqieça que o nome do arquivo deve ter SEU NOME, SEU NÚMERO DA CHAMADA E A SÉRIE


Bons Estudos!!!

 

Atividades:


01 - A política imperialista consistia na busca, principalmente, de novos mercados consumidores para os países industrializados e foi assim que vários países da África e da Ásia sofreram com a prática da neocolonização nos séculos XIX e XX. Portanto, sobre a justificativa construída pelas potências europeias para invadir as nações do continente africano e asiático é correto dizer que:


A) As potências europeias justificavam a invasão nos países periféricos afirmando que essa ação contribuiria para o desenvolvimento industrial e que incentivaria a adoção de um regime socialista nos países asiáticos.

B) As principais alegações utilizadas na prática do Imperialismo foram as teorias darwinistas que defendiam a superioridade cultural dos países europeus, sendo eles os países que levariam o progresso e o desenvolvimento social para os países da África e da Ásia através da missão civilizadora.

C) Uma das justificativas era que os europeus aprenderiam técnicas industriais com os africanos e asiáticos, o que acarretaria no desenvolvimento econômico e científico dos países desenvolvidos. 

D) O fardo do homem branco era uma das legitimações europeias durante a política imperialista. Esse fardo consistia numa missão que contribuiria para o desenvolvimento industrial dos países africanos e asiáticos, gerando assim o crescimento da burguesia local, fazendo com que os países não desenvolvidos tivessem suas próprias indústrias.

 

02 - (UFPE - 2002) A expansão capitalista no século XIX ficou conhecida como imperialismo, e o domínio dos países europeus sobre a África e a Ásia foi denominado neocolonialismo. Sobre o resultado da junção desses dois fenômenos – o imperialismo e o colonialismo – na África e na Ásia, é correto afirmar que:


A) O imperialismo e o neocolonialismo ajudaram os povos africanos e asiáticos a saírem de seu atraso secular, possibilitando-lhes o acesso ao progresso.

B) A segunda Revolução Industrial, o capitalismo monopolista e os ideais de progresso estão associados ao imperialismo, ao neocolonialismo e ao completo domínio dos Estados Unidos, no final do século XIX.

C) A maior beneficiária de todo o domínio imperialista e do neocolonialismo na Ásia e África foi a classe operária, em face do pleno emprego da indústria.

D) Através do imperialismo e do neocolonialismo, as elites econômicas e políticas inglesas construíram a imagem de que eram o modelo de cultura e civilização a ser imitado em todo o mundo.

 

03 - (UNESP) Ao final do século passado, a dominação e a espoliação assumiam características novas nas áreas partilhadas e neocolonizadas. A crença no progresso, o darwinismo social e a pretensa superioridade do homem branco marcavam o auge da hegemonia europeia. Assinale a alternativa que encerra, no plano ideológico, certo esforço para justificar interesses imperialistas.


A)) A humilhação sofrida pela China, durante um século e meio, é algo inimaginável para os ocidentais.

B) A civilização deve ser imposta aos países e raças onde ela não pode nascer espontaneamente.

C) A invasão de tecidos de algodão do Lancashire desferiu sério golpe no artesanato indiano.

D) A diplomacia do canhão e do fuzil, a ação dos missionários e dos viajantes naturalistas contribuíram para quebrar a resistência cultural das populações africanas, asiáticas e latino-americanas.

E) O mapa das comunicações nos ensina: as estradas de ferro colocavam os portos das áreas colonizadas em contato com o mundo exterior.

 

04 - O Darwinismo Social pode ser definido corretamente como:


A) o estudo da vida biológica em sociedade, como as sociedades das abelhas, das formigas etc.

B) a tentativa de igualar, a nível de organização social, os animais superiores, como os mamíferos, e a sociedade dos homens.

C) o período da atividade intelectual de Charles Darwin em que o naturalista inglês dedicou-se à criação da Sociologia, ao lado de nomes como August Comte.

D) a transposição da teoria da evolução das espécies e da seleção natural do terreno da ciência natural para a realidade sociocultural.

E) a tentativa de estabelecer relação entre o comportamento animal e o comportamento humano a partir de experimentos psicológicos.

 

05 - Podemos dizer que uma das consequências da doutrina do Darwinismo Social, elaborada no século XIX, foi:


A) o aperfeiçoamento das sociedades democráticas e a evolução tecnológica ocidental.

B) as lutas pelos direitos civis e pela “igualdade racial”.

C) as políticas de segregação racial do século XX.

D) as leis de segregação racial implementadas no Brasil durante o período republicano.

E) a dessegregação racial nos Estados Unidos na primeira metade do século XX.



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